Miomas uterinos é um tema relevante e comum entre pessoas que podem ser acometidas pela doença.
Isso porque esses tumores, na sua maioria benignos, se desenvolvem no útero e podem causar uma série de sintomas, comprometendo o bem-estar das pacientes.
Então, se você está enfrentando problemas relacionados a miomas ou simplesmente deseja entender melhor essa doença ou buscar mais informações para auxiliar um conhecido ou familiar, neste artigo, vamos explorar aspectos do que você precisa saber sobre os miomas uterinos, desde sua definição e causas até os sintomas, diagnóstico e opções de tratamento disponíveis.
Continue sua leitura!
O que são miomas uterinos?
Os miomas uterinos (também chamado de fibroma ou leimioma) são tumores benignos que se desenvolvem no útero de mulheres em idade reprodutiva.
Também conhecidos como leiomiomas, eles são compostos de tecido muscular liso e podem variar em tamanho, desde pequenos nódulos, até crescimentos maiores que podem distorcer o formato do útero.
Os miomas podem se desenvolver em diferentes partes do útero, como a parede interna (miométrio – intramural), a parede externa (serosa – subseroso) ou na cavidade uterina (endométrio – submucoso).
Embora sejam tumores, na sua maioria benignos, os miomas podem causar sintomas que afetam a qualidade de vida das mulheres.
Para se ter uma ideia:
- Estima-se que 20% a 80% das mulheres desenvolvam miomas uterinos durante a vida (The American College of Obstetricians and Gynecologists – ACOG) [Fonte: https://www.acog.org/womens-health/faqs/uterine-fibroids]
- Os miomas são mais comuns em mulheres na faixa etária entre 30 e 40 anos (Office on Women’s Health, U.S. Department of Health and Human Services) [Fonte: https://www.womenshealth.gov/a-z-topics/uterine-fibroids]
Agora, continue sua leitura para entender mais sobre as causas, sintomas, diagnóstico e tratamentos para essa condição.
Quais as causas e fatores de risco?
A causa exata dos miomas uterinos ainda é desconhecida. No entanto, diversos fatores podem influenciar seu desenvolvimento.
Um dos principais fatores é o desequilíbrio hormonal, especialmente o aumento dos níveis de estrogênio.
Durante os anos reprodutivos de uma mulher, quando os níveis de estrogênio são mais altos, os miomas são mais comuns. Eles também tendem a diminuir de tamanho após a menopausa, quando os níveis de estrogênio diminuem.
Além disso, fatores genéticos também desempenham um papel importante na predisposição aos miomas.
Então, por exemplo: se uma mulher tem uma mãe ou irmã com miomas, ela também pode ter maior probabilidade de desenvolvê-los.
Outros fatores, como obesidade, dieta pouco saudável, hipertensão arterial e tabagismo, podem estar associados a um maior risco de desenvolvimento de mioma.
Então, resumindo. Os principais fatores risco para mioma são:
- Fatores genéticos;
- Histórico familiar;
- Desequilíbrio hormonal;
- Tabagismo;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Alimentação desbalanceada e pouco saudável.
Alguns outros fatores também podem ser identificados. Para isso, consulte um médico especialista para analisar o seu caso de forma individual.
Quais são os sintomas? Conheça os sinais de alerta
Embora nem todas as mulheres com miomas apresentem sintomas, muitas tem queixas que podem afetar sua qualidade de vida. Neste artigo, vamos explorar os sintomas mais comuns do mioma uterino, para que você possa reconhecê-los e buscar o tratamento adequado.
- Nem todas as mulheres com miomas apresentam sintomas. Estima-se que cerca de 50% das mulheres com miomas sejam assintomáticas (ACOG) [Fonte: https://www.acog.org/womens-health/faqs/uterine-fibroids]
- Os sintomas mais comuns incluem sangramento menstrual anormal, dor pélvica, pressão ou sensação de plenitude no abdome, micção frequente e constipação (ACOG) [Fonte: https://www.acog.org/womens-health/faqs/uterine-fibroids]
Sangramento menstrual anormal
Um dos sintomas mais comuns do mioma uterino é o sangramento menstrual anormal. Isso pode incluir períodos mais longos e mais intensos do que o habitual.
Você pode notar um fluxo menstrual prolongado que requer troca de absorventes com mais frequência do que o normal.
Além disso, o sangramento entre os períodos menstruais ou após a relação sexual também pode ocorrer. Se você notar qualquer mudança significativa no seu padrão menstrual, é importante procurar orientação médica.
Dor pélvica
A dor pélvica é outro sintoma comum associado aos miomas uterinos. A dor é abaixo do umbigo, tipo cólica e pode variar de leve a intensa. Algumas mulheres descrevem essa dor como uma sensação de pressão ou desconforto contínuo. A intensidade da dor varia de acordo com o tamanho e a localização do mioma.
Se você está experimentando dor pélvica crônica ou desconforto significativo, é fundamental consultar um médico para avaliação.
Pressão ou sensação de plenitude
Miomas grandes ou numerosos podem causar uma sensação de pressão no abdome ou uma sensação de estar cheia, mesmo após comer uma pequena quantidade de comida.
Essa sensação de plenitude pode ser causada pela compressão dos miomas nos órgãos adjacentes, como a bexiga e o intestino.
Se você está constantemente se sentindo inchada ou com uma pressão abdominal desconfortável, é recomendável buscar orientação médica para avaliar a presença de miomas uterinos.
Micção frequente
Miomas grandes que pressionam a bexiga podem resultar em vontade de urinar frequentemente.
Esse sintoma pode interferir nas atividades diárias e causar desconforto. Se você está notando um aumento significativo na frequência urinária sem uma explicação óbvia, é aconselhável consultar um médico para investigar a possibilidade de miomas uterinos.
Constipação
Miomas grandes também podem comprimir o intestino, dificultando a passagem das fezes. Isso pode levar à constipação e a dificuldades na evacuação.
Se você está enfrentando problemas persistentes de constipação sem razão aparente, pode ser necessário fazer um exame para verificar a presença de miomas uterinos.
É importante ressaltar que cada mulher pode experimentar sintomas diferentes e em diferentes graus de intensidade.
Além dos sintomas mencionados acima, outros como dor durante a relação sexual, sensação de peso na região pélvica e fadiga, também podem estar presentes.
Conheça os principais tratamentos para mioma
Embora nem todos os miomas exijam tratamento, aqueles que causam sintomas ou afetam a qualidade de vida podem precisar de tratamento.
Tendo isso em vista, o tratamento contribui para o alívio dos sintomas e promoção do bem-estar, como:
- Acompanhamento
Em alguns casos, especialmente quando os miomas são pequenos e não causam sintomas, o acompanhamento do mioma pode ser o suficiente. Isso envolve fazer exames regulares para avaliar o tamanho e o crescimento dos miomas. Se eles não estiverem crescendo rapidamente ou causando sintomas significativos, o acompanhamento pode ser o indicado. - Medicamentos
Existem medicamentos que podem ser utilizados para aliviar os sintomas relacionados aos miomas uterinos.
Essas opções de tratamento são mais úteis para mulheres que precisam aliviar a dor ou controlar o sangramento excessivo. Geralmente, é o tratamento de primeira escolha quando possível. Alguns dos medicamentos comumente usados incluem:
- Analgésicos: medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como cetoprofeno, podem ajudar a aliviar a dor associada aos miomas.
- Hormônios: contraceptivos orais, injetáveis ou dispositivos intrauterinos liberadores de progesterona podem ajudar a controlar o sangramento menstrual excessivo e reduzir a dor relacionada aos miomas.
- Agonistas de GnRH: esses medicamentos reduzem temporariamente os níveis de estrogênio, induzindo uma menopausa temporária. Eles podem encolher temporariamente os miomas e aliviar os sintomas, mas seu uso é limitado a um curto período de tempo devido a efeitos colaterais e à perda temporária da função hormonal normal.
Tratamento não medicamentoso:
Para mulheres que desejam uma opção mais direcionada para tratar os miomas, existem procedimentos minimamente invasivos disponíveis.
Esses procedimentos têm, como objetivo, preservar o útero e reduzir os sintomas associados aos miomas. Alguns exemplos incluem:
- Embolização das artérias uterinas: um procedimento no qual pequenas partículas são inseridas nas artérias que alimentam os miomas, bloqueando o fluxo sanguíneo e causando a redução do tamanho dos tumores.
- Miomectomia: uma cirurgia para remover os miomas enquanto preserva o útero. Esse procedimento pode ser realizado de forma tradicional (aberta) ou minimamente invasiva (histeroscópica, laparoscópica ou robótica).
- Histerectomia: é o procedimento cirúrgico que envolve a remoção total ou parcial do útero. Pode ser realizada por diferentes métodos, incluindo a abordagem abdominal, laparoscópica ou vaginal, e envolve a remoção do útero por meio de incisões no abdome, pequenas incisões laparoscópicas ou pela vagina.
Em casos em que os miomas são muito grandes, causam sintomas graves e não respondem a outras formas de tratamento, em pacientes sem desejo gestacional futuro, a histerectomia pode ser considerada.
Vale ressaltar que cada opção de tratamento tem suas próprias vantagens e desvantagens, e a escolha depende de vários fatores, como idade, desejo de engravidar, gravidade dos sintomas e tamanho dos miomas.
Por isso, é fundamental discutir todas as opções com um médico especialista para determinar o melhor plano de tratamento para você.
Lembre-se de que o tratamento para mioma uterino é altamente personalizado e varia de acordo com a situação de cada paciente
Sendo assim, consultar um médico experiente é a melhor maneira de obter orientações adequadas e tomar decisões informadas sobre sua saúde.